quarta-feira, 26 de março de 2008

Como formar novos Coletivos Jovens de Meio Ambiente: Versão Resumida

RESUMO ESQUEMÁTICO DO MANUAL DE ORIENTAÇÃO COLETIVOS JOVENS DE MEIO AMBIENTE


· Público jovem: entendido como pessoas entre 15 e 29 anos (critério demográfico brasileiro);

· Lançamento do manual: motivado pela demanda de informações sobre organização juvenil, relação juventude/meio ambiente e potencial dos jovens para lidar com o tema.

· Histórico: na I Conf. Nac. Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (2003) foram criados grupos de trabalho, os Conselhos Jovens, que estavam em sintonia com a idéia de Coletivos Jovens (CJ’s), engajados e atuantes em questões socioambientais.

· O que é um CJ de Meio Ambiente?: é um grupo informal que reúne jovens representantes ou não de outros grupos jovens que buscam envolver-se com a questão ambiental e desenvolver atividades relacionadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. Pensam a sustentabilidade, difundem as informações, planejam e desenvolvem ações e projetos, etc. Age em rede com outros grupos.

· Princípios dos CJ’s: jovem educa jovem (protagonismo, experiências, aprendizagem), jovem escolhe jovem (decidir sem interferência do “mundo adulto”, mas dialogando com ele), uma geração aprende com a outra (continuar a causa que outras pessoas já defenderam, mas trazem novas idéias e percepções).

COMO ORGANIZAR? (5 passos)

ü Autopercepção: refletir sobre si e perceber se compartilha algo com outras pessoas.

ü Formação: conhecer coletivos existentes em outros Estados, organizações potencialmente parceiras, identificação de interessados no tema, caminhos e formas de mobilização, considerar as dimensões do tema, aplicar os princípios.

ü Planejamento Interno: política do coletivo (missão, objetivos, área de atuação), ações no dia-a-dia (projetos, metas, cronogramas):

a - planejamento macro: análise de conjuntura, definição da política do coletivo, frentes de ação (mobilização, articulação, elaboração de projetos, comunicação interna, divulgação, eventos, formação e estudos, secretaria executiva), não restringir entrada e saída de membros nem faixa etária, definir espaços de encontro.

b - plano de ação: diagnóstico participativo da situação no local de atuação e definir prioridades, projetos e eventos próprios e projetos coletivos que se pretende apoiar, relacionar ações, tarefas, cronograma, responsáveis e recursos de trabalho.

c - avaliação: retomar planejamento de acordo com as condições; estratégias, instrumentos e momentos de avaliação; rodízio de funções e de núcleos (novas experiências e aprendizados).

ü Articulação e organização externa: reconhecimento institucional (buscar instituições que dêem atenção ao coletivo, usar cartas de apresentação, benefícios (parceria, cooperação, recursos, infra-estrutura), participação (eventos, fóruns, coletivos, intercâmbio, troca de experiências, estudos, conhecimentos, novos temas, relação com outras redes (REBEA,REJUMA), relação na gestão pública local.

ü Instrumentos de gestão (orientação): regimento interno (mais rígido), acordos de convivência e carta de princípios (mais flexíveis), pactos; lista, relação, cadastro de membros; canais de comunicação (e-mails, sites, lista de discussão, folders, boletins, fanzines, spots de rádio; memória do coletivo (registros, fotos, recortes, gravações, canteiros de idéias, etc.), memórias e atas de reuniões.

PARA REFLETIR:

v Atuar com a temática ambiental exige olhares atentos, princípios e orientações gerais, é inserido num processo de engajamento social, político, ético e cultural.

v A juventude brasileira é um segmento social diverso por si mesmo e deve ter ouvidas as suas opiniões de forma respeitosa.

v A juventude sente na pele os efeitos da degradação socioambiental do planeta nos tempos atuais, deve perceber e contribuir por um mundo melhor.

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